quarta-feira, 4 de agosto de 2021

RUY ANTUNES PEREIRA

 





Nasceu em 22 de junho de 1902, no Sobrado Antunes Pereira (hoje Prefeitura Municipal). Sobrado este construído por seu avô materno José Antunes de Oliveira, onde residiu com seus pais – Olímpio Varela Pereira e Maria Magdalena Antunes Pereira, juntamente com os irmãos (Maria Antonieta Pereira Varela, Vicente Ignácio Pereira, Abel Antunes Pereira e Joana D´arc Pereira do Couto), em Ceará-Mirim-RN. Foi casado com Odette Ribeiro Pereira.
Ruy Antunes Pereira frequentou o Grupo Escolar “Barão e Ceará-Mirim”, a partir de 1915. Nessa época, a família mudou-se para e Engenho Oiteiro.
Além dos estudos do Grupo Escolar “Barão de Ceará-Mirim”, recebia aulas diárias com a experiência, a inteligência e a dedicação da sua mãe. Entretanto, não o impedia de ser leitor assíduo de livros e jornais, conhecendo os mais notáveis autores brasileiros e estrangeiros. Nesse contexto, vale lembrar seus professores – Dr. Abner de Brito e a poeta Adele de Oliveira.
Quando chegou ao engenho Oiteiro, o menino Ruy, com apenas 13 anos, passou a ajudar os pais intensivamente. Ruy era responsável nas madrugadas, na chamada aos operários, para o início da moagem, tendo, inclusive, trabalhado como maquinista (pessoa responsável em abrir e fechar o breque a vapor, para movimentar e parar as moendas), e, também, era exímio limpador de garapa (caldo de cana) nos tachos ferventes, para melhorar a qualidade do açúcar bruto. Já àquela época, era profundo conhecedor da propriedade, identificando todos os partidos de cana pelo nome.
Graças ao seu trabalho, conseguiu erguer um bom patrimônio, residindo sempre no seu “Mundo Encantado” (Engenho Mucuripe) onde, com humildade, sem demonstrações de vaidades ou ostentações, conquistou a amizade, o bem-querer e o respeito de todos os moradores.
Ruy Antunes Pereira dedicou-se ao trabalho até meados de 1986, quando, pelo avançado dos anos, pela fadiga, entregou os negócios ao filho Ruy Pereira Júnior. Mas, mesmo de longe, jamais deixou de amar seu “Mundo Encantado”.
Em 1980, fez em cartório, um testemunho, solicitando aos filhos que, ao haver plantado uma palmeira, ali gostaria que fossem despejadas as suas cinzas. Desejo cumprido pela filha Denise e o genro Arnaldo Gaspar, que levaram seu corpo para São Paulo onde foi cremado, aos 23 de abril de 1995, voltando as cinzas para o lugar desejado – a palmeira.
O Senhor de Engenho, descendente de ilustres escritores do vale do Ceará-Mirim, dono de uma vasta cultura, deixou-nos, em inúmeras cartas, um testemunho de bem-querer ao passado e aos seus entes mais caros.

FONTE - SITE ACADEMIA CEARÁ-MIRINENSE DE LETRAS E ARTES “PEDRO SIMÕES NETO”

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RUY ANTUNES PEREIRA

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